Decisões sobre
maternidade
Em vários blogs que visitei há
uma distinção entre maternidade e maternagem. Maternidade sempre ligada à
questões biológica, ou seja, a capacidade que a mulher tem de ser mãe. E maternagem
ligada aos cuidados mais delicados com o filho e à dedicação da mãe ao ato de
ser mãe.
Alguns observam esta questão como
algo mais complexo relacionando à desnaturalização de tudo. E é dessa forma que
penso.
Desde à contestação de produtos
oferecidos pela mídia à medidas básicas como utilização de chupetas, fraldas,
alimentação e cosméticos...
A partir desta reflexão ando
tomando algumas decisões sobre a vida do Luis.
1 – Utilização de fraldas de pano x descartáveis
Visitei a comunidade “Morada da
Floresta” e fiquei encantada. Os argumentos para se utilizar a fralda de pano
são vários e para se utilizar a fralda descartável é apena um: comodidade. Ou
seja, a fralda descartável não traz nenhum benefício para a criança.
Vamos às vantagens e
desvantagens:
A fralda descartável produz 1
tonelada de lixo;
A fralda demora 450 anos para se
degradar na natureza;
São necessárias cerca de 5.000
mil fraldas até o desfralde, um gasto de 8 mil reais. Enquanto a fralda de pano
tem-se um gasto inicial de cerca de 700 reais.
Além disso, após usadas, podem
ser repassadas para outra pessoa.
2 – Utilização de cosméticos orgânicos
Gente! Claro que se eu ganhar um
perfuminho da jonson e jonson não vou jogar fora né? Posso passar um pouquinho
na roupinha, mas, enfim. Crianças pequenas não precisam de cosméticos. Então,
os únicos que comprarei serão:
- Sabonete (neutro e líquido,
porque os de barra são de mais fácil contaminação);
- Shampu (neutro)
- Creme para assadura: Baby creme
calêndula
Marca: Welleda – não tem compostos
como alumínio, não faz testes que degradam o meio ambiente e é totalmente natural!
Alguns produtos infelizmente são importados da Welleda Alemanha e não são muito
baratinhos não. Se alguém tiver uma dica!
3 – Tentativa de um parto mais humanizado
Essa é a parte mais difícil.
Principalmente por conta do plano de saúde e por conta da grana. Ter um parto
natural em São Paulo não é nada barato. Mesmo as suítes LDR nos hospitais
conveniados é preciso pagar a parte. Sem chance.
Acho um absurdo pagar um convênio
caro e ainda ter que dar dinheiro pra estes hospitais.
Então, estou em busca de um
obstetra mais naturalista, que pelo menos me dê condições de entrar em trabalho
de parto. Será que consigo?
4 – Alimentação balanceada
Descobri que paladar é algo que
se constrói ao longo da vida. Eu aprendi a gostar de gordura, açúcar e sal,
pois fui ensinada que isso é bom. Mas, meu filho, não precisa passar por isso
não é? Alimentos industrializados então!
Nem pensar.
Como minha irmã está quase se
tornando uma vegana (credo!!!) vou ter companhia pra ir aos supermercados de
produtos orgânicos. Já andei descobrindo alguns bons e baratos.
5 – O quarto
Pesquisando sobre alguns teóricos
acabei me identificando muito com Emmi Pikler, Maria Montessori, dentre outras.
Estas mulheres estão sempre colocando a questão da autonomia da criança em
primeiro lugar e a não intervenção.
Nos primeiros meses de vida terei
um “Moises”. Aquele bercinho-cesto que ficará próximo à minha cama facilitando
as mamadas noturnas e aconchegará o bebê nos momentos de sono. Em seguida ele
vai para o colchão. Ou seja, o quarto não terá um berço e sim um colchão no
chão, assim como é proposto na montagem de quartos montessorianos. Neste quarto
tudo fica ao alcance da criança. Há alguns poucos elementos de estímulo. Cores
vibrantes, quadros, fotos, espelhos, e objetos à altura da criança. Ou seja, um
quarto voltado para ela e não para o adulto. Sabem aqueles quartos belíssimos
encontrados nas revistas de decoração? Esqueçam! Não é nada disso. Mas também é
lindo! Tenho certeza que o Luis irá amar!
6 – Brinquedos
Oh céus. Cada dia há brinquedos
mais horripilantes no mercado. Fora os sons que eles emitem. Jesus!
Brincar com um pedaço de casca de
coco é uma experiência sensorial muito mais interessante para a criança do que
apertar um botão de um celular de plástico e ouvir Le lek lek lek. Valha-me
Deus!
7 – Televisão
Nada a declarar! Ou é preciso?
Quase todo mundo sabe que bebês e crianças pequena ainda não tem capacidade de
processar tanta imagem. E o que é televisão? Imagem e mais imagem. A criança
fica paradinha ali assistindo aquela bobajada por horas. Que maravilha, dá pra
mamãe fazer o almoço e de quebra ainda tomar banho. Só que essa hipnose
infantil tem suas consequências um tempo depois. Não é a toa que quando as
crianças são colocadas pra dormir ficam agitadas e inquietas. É... elas ainda
estão processando aquelas imagens.
Bebês precisam de atenção, não de
televisão!
E tenho dito!
Lili